terça-feira, abril 29, 2008

A propaganda é a alma do negócio... mesmo para quem já morreu

É, crianças do Mal, Colheita Maldita 4: The Next Generation... A propaganda continua sendo a alma do negócio. Mesmo para quem já morreu... Divulguei de manhã a existência do blog com algumas classes e comentários já foram deixados - por enquanto lindinhos e simpáticos -, mas a vida de zumbi também é cruel.

Os seres humanos às vezes - e isso quer dizer SEMPRE - fingem que não existimos, que somos mera alucinação das indústrias do entretenimento e da educação. Abaixam a cabeça, conversam ou dormem, chegando até a roncar de forma animalesca, tudo como se simplesmente fôssemos mais uma peça no vasto cenário de suas vidas vazias.

Isso até os pegarmos de surpresa, saindo de um porão escuro, de um beco mal iluminado, de um armário, de baixo da mesa ou de uma prova bimestral qualquer... Arrancamos seus braços, dilareçamos suas entranhas e deixamos o prato principal para o final. Seus cérebros. Cheios de vida, mas insossos. Cérebros pobres, sem o sabor especial da cultura, da intelectualidade.

Dessa forma, não passam de mais uma vítima. Uma das primeiras personagens a morrer, geralmente o afro-descendente americano, que fica fazendo piadinhas e não pára de falar que isso só acontece em filmes. - Desculpem-me os politicamente corretos acerca desse comentário, mas é isso o que acontece na maioria dos filmes! - Mais um na contagem de corpos. Mais uma massa ensanguentada que brilha, jorrando aos borbotões, na tela desse filme de terror que é a nossa existência.

LONGA VIDA AOS ZUMBIS!!!

BRAIN!BRAIN!BRAIN!

Afinal de contas, nada melhor do que uma aula de História para os mortos voltarem à vida!

E lembrem-se:

"Quando não houver mais espaço no Inferno, os mortos caminharão sobre a Terra!"

domingo, abril 27, 2008

Zumbis vegetarianos


Para quem tá ligado, virei vegetariano em vida e agora em morte também. Uma das últimas produções - ou trapalhadas - sobre zumbis, foi a refilmagem de Dia dos Mortos, do mestre do gênero, George A. Romero, de 1985, que apresentava um grupo de militares e cientistas tentando sobreviver às hordas de zumbis.
Além do combate entre homens e zumbis, o filme apresenta o combate entre um cientista, que quer "adestrar" os zumbis para tirar alguma utilidade desses pobres seres, e os militares, que não aceitam a história de auxiliar o cientista, pensando na sua própria sobrevivência. Neste filme, a grande figura é BUB, um zumbi relativamente dócil e interativo adestrado pelo "Dr. Frankenstein", que atende telefone - Tia Alícia!!! -, bate continência e sabe empunhar uma arma, chegando a matar o militar que assassina o doutor, marcando uma nova "evolução" dos zumbis, a de que eles poderiam "pensar".
Na refilmagem de 2008, do diretor Steve Miner, além de não mostrar a sobrevivência de um grupo de pessoas numa instalação militar subterrânea como no primeiro, os zumbis desta versão são aqueles zumbis vitaminados, literalmente dopados, correndo e chegando até - pasmem vocês zumbis tradicionais - andar no teto como zumbis-aranhas! QUE NOJO!
Qualquer dia desses tratarei sobre a velocidade dos zumbis, que podemos até aceitá-la inicialmente. Mas isso é outra história... Voltando ao filme. Bom, para os que assistiram à primeira versão, logo aparece o Ving Rhimes, ator do Dawn of the Dead (Madrugada dos mortos - a refilmagem do shopping), mas com nenhuma relação a esse personagem, pois aqui ele aparece como um oficial e no Dawn ele é apenas um policial.
Mas também aparece um recruta que se chama, nada mais nada menos, Bub, que revela ser vegetariano e, é claro, em determinado momento da trama, ele passa dessa para uma melhor. Ou pior. Vira zumbi. Um zumbi vegetariano!!! Não ataca seus coleguinhas, principalmente a loirinha por qual era apaixonado em vida.
Como uma grande teia de eventos sangrentos post mortem, os filmes de zumbis apresentam ligações, idéias surgidas num filme são aprofundadas em outras produções. Sobre a utilização de zumbis como mão-de-obra, além do Dia dos Mortos original, nós temos o último Resident Evil - mais ou menos, diga-se de passagem - foi feito o Fido, o Mascote, muito bom para quem não assistiu ainda, em que também há a associação dos zumbis em relação aos cães, dizem até que lembra momentos do famigerado seriado Lassie, em que uma border collie salva vidas humanas.
Por hoje é só que as obrigações familiares e profissionais mortas-vivas me chamam.
Longa vida aos zumbis!!!! BRAIN!!!BRAIN!!!BRAIN!!!

sexta-feira, abril 25, 2008

Os dias continuam passando...



Mas um dia se passa e nós continuamos aqui. De pé.
Cambaleantes, mas de pé. O tempo está se esgotando e nossa luta é extenuante. Ser um zumbi, um morto-vivo, que mantém-se esbarrando pelas esquinas da vida social, é cruel, sôfrego e ao mesmo tempo lindo, pois nunca sabemos quando teremos a oportunidade de encontrar uma refeição saborosa e fresquinha... Um atônito ser humano para devorar suas entranhas, entre esguichos de sangue que marcam as paredes brancas do local...

Os monstros estão lá fora... e eu preciso encará-los, chamar a sua atenção e ensinar História.

BRAIN!!!BRAIN!!!

quinta-feira, abril 24, 2008

As primeiras palavras da minha segunda vida




É... a tecnologia importa sim e nossas vida e morte também precisam ser virtuais, pois, afinal, de real, basta a realidade. Nós, os zumbis, somos os grandes vencedores da sociedade capitalista, pois assim como as baratas, somos os poucos seres vivos que continuam a existir após o seu fim.

Longa vida aos zumbis!


O Zumbi Hipocondríaco é a minha primeira investida no mundo dos blogs e aqui pretenderei expor diferentes pensamentos, filósoficos, artísticos, ignorantes, revoltados, anárquicos, históricos, culturais, escatológicos, entre outros... Os pensamentos aqui postados não são de responsabilidade de ninguém, uma vez que eu não sou responsável por ninguém, muito menos por mim...

A semana começou agitada e marcada por pequenos espasmos depressivos, além de surtos colossais da minha companheira Zumbi. Uma mulher que, apesar de descontrolada e problemática, eu amo muito e preenche a minha vida em múltiplos aspectos. Uma pessoa que como eu, precisa de remédios naturais e artificiais para se movimentar nessa tortuosa, árdua e sacrificante trajetória profissional do professor.

Sempre procurarei estar presente como esse anfitrião zumbi que aqui procura aprofundar pensamentos, histórias e causos de nosso cotidiano, como as histórias de David, o menino do Bem, Bub, o zumbi vegetariano, a Liga dos Pequenos Paladinos da Justiça, a Boate Milho Azul, O Campeão do Cecap, as Minhoquinhas Amestradas do Amendoim e outras...

Por hoje fico por aqui, pois preciso defecar os restos mortais de minha última refeição, afinal zumbi também caga... apesar de nossos órgãos não funcionarem mais....

Tá difícil viver, mas viver morto é mais foda ainda....