Os seres humanos às vezes - e isso quer dizer SEMPRE - fingem que não existimos, que somos mera alucinação das indústrias do entretenimento e da educação. Abaixam a cabeça, conversam ou dormem, chegando até a roncar de forma animalesca, tudo como se simplesmente fôssemos mais uma peça no vasto cenário de suas vidas vazias.
Isso até os pegarmos de surpresa, saindo de um porão escuro, de um beco mal iluminado, de um armário, de baixo da mesa ou de uma prova bimestral qualquer... Arrancamos seus braços, dilareçamos suas entranhas e deixamos o prato principal para o final. Seus cérebros. Cheios de vida, mas insossos. Cérebros pobres, sem o sabor especial da cultura, da intelectualidade.
Dessa forma, não passam de mais uma vítima. Uma das primeiras personagens a morrer, geralmente o afro-descendente americano, que fica fazendo piadinhas e não pára de falar que isso só acontece em filmes. - Desculpem-me os politicamente corretos acerca desse comentário, mas é isso o que acontece na maioria dos filmes! - Mais um na contagem de corpos. Mais uma massa ensanguentada que brilha, jorrando aos borbotões, na tela desse filme de terror que é a nossa existência.
LONGA VIDA AOS ZUMBIS!!!
BRAIN!BRAIN!BRAIN!
Afinal de contas, nada melhor do que uma aula de História para os mortos voltarem à vida!
E lembrem-se:
"Quando não houver mais espaço no Inferno, os mortos caminharão sobre a Terra!"